Existe Vida Além do Trigo/Glúten

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Introdução

O trigo tem sido um alimento básico na dieta humana por milhares de anos. No entanto, o trigo que nossos avós e ancestrais consumiam era significativamente diferente do trigo moderno. As antigas variedades de trigo, como o einkorn e o emmer, tinham uma composição nutricional mais equilibrada e continham menos glúten, o que proporcionava nutrientes essenciais sem os problemas de saúde associados ao trigo de hoje. Neste artigo, exploraremos a transformação do trigo ao longo dos séculos, os impactos dessa mudança na saúde humana e como é possível viver uma vida saudável sem glúten.

O Trigo dos Nossos Avós

O trigo que nossos avós e ancestrais consumiam era bastante diferente do trigo que encontramos hoje nas prateleiras dos supermercados. Anteriormente, o trigo era cultivado em suas formas mais puras e naturais, sem a intervenção das modernas técnicas de hibridização e modificação genética. As variedades antigas, como o trigo einkorn e emmer, continham menos glúten e uma composição nutricional mais equilibrada, proporcionando nutrientes essenciais sem causar os problemas de saúde associados ao trigo moderno.

Revolução Verde e a Transformação do Trigo

A Revolução Verde, liderada por figuras como Norman Borlaug, trouxe avanços significativos na produção agrícola, incluindo o desenvolvimento de novas variedades de trigo. Essas variedades foram projetadas para aumentar a produtividade e a resistência a pragas, mas essa transformação teve um custo. A hibridização e a manipulação genética do trigo aumentaram significativamente seu conteúdo de glúten, tornando-o mais difícil de digerir e mais propenso a desencadear reações imunológicas em humanos .

O Trigo de Hoje

O trigo moderno, resultado de décadas de manipulação genética e práticas agrícolas intensivas, apresenta uma estrutura proteica significativamente alterada. O aumento do glúten no trigo moderno está associado a uma série de problemas de saúde, desde distúrbios digestivos e inflamações até condições autoimunes e neurológicas. Pesquisas do Dr. William Davis e do Dr. Alessio Fasano destacam os efeitos prejudiciais do consumo de trigo moderno na saúde humana, mesmo entre aqueles que não têm doença celíaca .

Soma-se a isso, as práticas de pulverização de agrotóxicos, herbicidas, inseticidas, fungicidas e pesticidas. O famoso “glifosato” da Monsato tem a capacidade de matar a planta sendo usado para antecipar colheitas. Basta pulverizar oo veneno sobre a plantação ainda verde que ela seca rapidamente e a colheita pode ser feita antecipada. Quando compramos a farinha ou os produtos finais elaborados com essas farinhas, também ingerimos o veneno.

“É um produto usado para matar planta”, resume Luiz Cláudio Meirelles. “No início, não era possível usá-lo durante o plantio, porque matava também aquilo que se queria cultivar. Com a soja geneticamente modificada, resistente ao glifosato, passou a ser possível.” O glifosato também pode ser usado como dessecante. Ou seja, se o produtor quiser colher a soja e por algum motivo ela ainda estiver verde, o herbicida uniformiza a lavoura e permite antecipar a colheita.

https://cee.fiocruz.br/?q=node/987

A diretora executiva da Pesticide Action Network (PAN) nos Estados Unidos, Kristin Schafer, disse ao G1 que adotar a agroecologia em grande escala não é um objetivo impossível. “Na Califórnia, por exemplo, temos produção de arroz orgânico muito ampla. Eles dividem uma grande propriedade em vários campos menores”, conta.

https://cee.fiocruz.br/?q=node/987

Aproveitamento do Glúten pela Indústria

O glúten, uma proteína presente no trigo, tem sido amplamente explorado pela indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica. Na alimentação, ele é valorizado por sua capacidade de conferir elasticidade e textura aos produtos assados. Além disso, é utilizado em cosméticos como espessante e em produtos farmacêuticos como agente de ligação. No entanto, o aumento do consumo de glúten, seja na alimentação ou em produtos de uso diário, contribui para a sensibilização generalizada da população, levando a uma série de problemas de saúde a médio e longo prazo .

O glúten pode existir em medicamentos na forma de ingredientes inativos adicionados durante o fabrico – excipientes.2 A presença de glúten nos excipientes pode não ser aparente.3,5 Entre os que podem conter glúten encontram-se:

  • – Amido (trigo, cevada, centeio ou algumas variedades de cevada;2,5,7
  • – Amido modificado;3,5
  • – Amido pré-gelatinizado;2,3,5,7
  • – Amido desidratado, hidrogenado, hidrolisado, hidroxietilado;
  • – Amido octenilsulfosuccinato e derivados;
  • – Carboximetilamido e derivados;
  • – Xarope de amido;5
  • – Amido glicolato de sódio;2,3,7
  • – Qualquer ingrediente que possa ser proveniente de trigo, cevada, centeio, aveia, espelta, triticale, farro, etc.

https://www.ordemfarmaceuticos.pt/pt/artigos/os-excipientes-dos-medicamentos-podem-conter-gluten/

Prejuízos do Consumo do Trigo e Glúten a Médio e Longo Prazo

O consumo regular de trigo e glúten tem sido associado a uma série de problemas de saúde, incluindo:

  • Inflamação crônica e doenças autoimunes
  • Síndrome do intestino irritável e outras desordens digestivas
  • Problemas neurológicos e cognitivos, como névoa cerebral
  • Diabetes tipo 2 e obesidade
  • Doença de Alzheimer
  • Demência
  • E muitas outras.

Apesar de haver um movimento para descondenar o trigo, é imbatível quando vemos tantos depoimentos de pessoas que deixaram de sofrer e recuperaram a sua saúde depois que deixaram o trigo /glúten para trás. Eu mesma sou uma dessas pessoas que há 12 anos, cortei o trigo da minha vida. Vi minha saúde recuperar, talvés nem estivesse mais aqui para escrever para você se ainda continuasse a consumir trigo/glúten e eu não sou celíaca.

Comum ou integral, trigo é trigo e contén glúten e ATI´s além dos resíduos de agrotóxicos

Meus Pacientes

O que percebo no consultório é que as pessoas nem sabem que se sentem mal, pois estão habituadas a se sentirem daquela forma e pensam que é o normal. Quando elas experimentam fazer o desafio de cortar o trigo por apenas 30 dias, a maioria nem retorna mais para o consumo do glúten, trigo e seus derivados. A sensasão de levesa e bem estar é imensa. O ganho de energia é incrível!

Viver Sem Glúten: Uma Alternativa Viável

Para viver sem glúten, você não precisa fazer nada além de eliminar o trigo e seus derivados da sua dieta. Hoje, é mais fácil do que nunca encontrar produtos sem glúten, tanto em lojas físicas quanto online. Existem também muitos livros de receitas e canais online que oferecem opções deliciosas e saudáveis sem glúten. Adaptar-se a uma dieta livre de glúten pode trazer inúmeros benefícios, incluindo:

  • Melhora na digestão e na saúde intestinal
  • Redução da inflamação e dos sintomas de doenças autoimunes
  • Aumento dos níveis de energia e melhora da clareza mental
  • Controle de peso mais eficaz e menor risco de doenças crônicas
Fazer pães sem glúten não é complicado

Conclusão

A eliminação do trigo e do glúten da dieta não é apenas uma necessidade para os celíacos, mas uma escolha de estilo de vida que pode beneficiar a todos. Os avanços científicos e os novos conhecimentos sobre os efeitos do trigo moderno na saúde humana nos alertam para a necessidade de reavaliar nossa relação com esse grão tão comum. Adotar uma dieta sem glúten pode ser a chave para uma vida mais saudável e equilibrada.

Referências:

  1. Davis, W. (2011). Barriga de trigo mostra como a restauração do microbioma pode melhorar sua saúde, seu peso e até mesmo seu humor.
  2. Davis, W. (2022). Superintestino: Descubra como restaurar seu microbioma para fortalecer sua saúde, regular seu peso e melhorar seu humor
  3. Fasano, A. (2020). Dieta Sem Glúten: Um Gui Essencial Para uma Vida Saudável
  4. David Perlmutter , A dieta da mente
  5. David Perlmutter, Cérebro de Farinha – Os assassinos silenciosos do seu cérebro
  6. David Perlmutter, Cérebro de Fribra – Seu cérebro está seriamente ameaçado
  7. Dr. Raphael Kellman, A Cura dos Intestinos
  8. Drª Gisela Saviole, Tudo Posso, Mas Nem Tudo Me Convém
  9. Drª Gisela Saviole, Alimente Bem as Suas Emoções
  10. Alanna Collen, 10% Humano – Como os Microorganismos são a Chave para a Saúde do Corpo Humano
  11. Borlaug, N. (1970). Nobel Lecture: The Green Revolution, Peace, and Humanity.

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